terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Até o último fio de cabelo!

Sol escaldante. Sete e pouco da noite. Aliás, do dia, pois no horário de verão a lua vem nos brindar um pouco mais tarde. Caminhava apressada pela Andradas, a famosa "Rua da Praia". Ouvindo Nando Reis no último volume. Catarolando a chegada de mais uma milagrosa semana em minha vida. E pensando nela, na vida, me encontrei com uma cena já vivida.

Ali na Rua Urugai esquina com a Rua da Praia. Ali uma jovem garota desabafava o aperto em seu peito: gritava, chorava, batia! Enquanto seu namorado tentava acalmá-la com promessas estúpidas. Segurava a mão da guria e pedia para ela não fazer fiasco. Sim, ela estava fazendo um fiasco. A bela jovem conseguiu fazer com que todos parassem para ver a cena. E até eu parei, tirei o fone do ouvido e fiquei observado por alguns minutos.

Como num filme recordei que já tinha passado por aquilo: gritos, choros, tapas e platéia. Apenas os personagens eram diferentes e a esquina não era uma do Centro, mas da Cidade Baixa. A vontade que eu tinha era de gritar para a guria: "Você não tem amor próprio!!!".

Respirei fundo! Coloquei o fone no ouvido novamente. Segui caminhando com uma dor no peito. Ao mesmo tempo que entendia a moça, sentia pena dela. Apenas dejesei que a sua atitude se tornasse um aprendizado, como aconteceu comigo. Desejei que ela se amasse mais, ou pelo menos que se amasse em primeiro lugar. Por que por mais que a gente se arrependa de algo na vida, antes de chegarmos a conclusão de que tanto nos entregamos e pouco recebemos, é preciso aprender a amar-se.

Temos que nos amar com todos nossos erros. Com todos nosso defeitos. Com as qualidades e virtudes também. Nos amar desde a maldita estria na barriga, passando pela ponta dos pés, coração, olhos, até o último fio de cabelo! Só assim o próximo também receberá seu verdadeiro amor. Seja o próximo quem for. Seja ele seu namorado, amante ou pai!

(P.S: Amar não é facíl, amar também é lutar. E amar-se é uma luta constante. Mas uma luta que sempre valerá a pena!!!)

4 comentários:

Manu disse...

é muito dificil mesmo naty. E amar a si mesmo, na medida certa, é um desafio e tanto... beijos saudades
ah! e um pouco do calor da tua terraa!!!

Patrícia de Assis disse...

visito vários blogs por semana; comento em pouquissimos.
mas já que eu li umas 3 paginas de postagens do teu blog, achei que seria mais invasivo se não comentasse!
gostei do blog,
Abraços.

Patrícia de Assis disse...

Muito obrigada! assim que meu msn estiver funcionando, eu te add sim. é que ele está com problemas no momento :D

Abraços.

Marinha disse...

Como eterna aprendiz te digo, amar é não se sentir só qdo se está consigo mesma; é entender que não somos perfeitos, mas que nossa imperfeição é perfeita; é entender que mesmo únicos somos tão iguais ao outro... e, principalmte, não sentir vergonha de ser gente...como, por exemplo, fazer um "fiasco" na esperança (ou desespero) de abrandar uma dor.
Saudades de ti, flor!