domingo, 23 de agosto de 2009

É o que nos resta...

Irônico. Ontem mesmo minha mãe havia questionado se eu tinha lido a coluna do Paulo Sant´Ana onde o assunto era o assalto de uma jornalista. Eu li e pensei o que sempre penso: "o pior de tudo é a violência".

Não fecho meus olhos para as desiguldades sociais de meu país. Sei que assaltos, roubos, furtos e violência são consequências da sociedade. O que mais me deixa triste é o fato de saber que grande parte destes crimes são cometidos por jovens. Sim, jovens tão iguais a mim, jovens que com certeza tem sonhos, mas que a vida, as oportunidades, são tão diferentes das minhas.

Ontem a noite as duas faces desta realidade se cruzaram bem na esquina de minha casa. Meu amigo Miquele estava voltando de uma festa, por volta das 2h, e foi abordado por um jovem que tentou assaltá-lo. Como ele não tinha nada além de dois reais e seus documentos o resultado não podia ser outro: violência.

O interfone de casa tocou e meu coração veio na boca quando o porteiro disse que meu amigo havia sido assaltado. Ao abrir a porta de casa me arrepiei. O Miquele estava ofegante, sangrando, com a boca machucada, inchada, e o olho esquerdo também. Meu pai saltou do sofá e junto com meu tio deu toda assistência pra ele.

Passado o susto veio a sensação de impotência. E a voz da minha madrinha não saia da cabeça: "Não vai nessa festa! Não vai nessa festa!". Estou com o joelho machudado, mas além disso ela não queria que eu fosse por outros motivos. Porém, sei lá, às vezes penso que meu santo é forte!

E infelizmente hoje parece que o que nos resta é contar com eles, com os santos, e dos fortes!

3 comentários:

Nicole Bernardes disse...

Passei para conhecer o seu blog e te convidar para visitar o meu!
Lá eu falo sobre moda, posto meus looks e falo sobre as tendências que me inspiraram!
bjinhos

Soninha disse...

Poxa, Naty! Como está o Mick?

Demétrio de Azeredo Soster disse...

Oi, menina. Seu post lembrou aquele música do Paralamas, não lembro o nome: "Eu vivo sem saber/até quando estou vivo/eu já não sei/de onde vem o tiro". Grande abraço!