segunda-feira, 27 de abril de 2009

Duas visões

A primeira como "jornalista"(tô quase lá)...

Qualquer fato onde envolva pessoa pública é relevante. Aquela coisa toda de critérios de noticiabilidade e blá...blá..blá... Numa "ordem" de importância os primeiros da lista, sem dúvida, são os políticos, pricipalmente presidentes da república e demais componentes de um governo. A imprensa está fazendo mais alarde com a doença da Dilma do que com a do vice-presidente José de Alencar. Os dois enfrentam um câncer. Clinicamente o de José de Alencar é muito mais grave, além disto faz mais de anos que ele vem lutando contra a doença, já ficou semanas e mais semanas no hospital. Isto rendeu matérias de tv, notas cobertas, notas peladas. Até onde lembro só vi uma reportagem mais profunda (e inclusive muito bonita) que foi feita pelo Fantástico. No caso da ministra a cobertura da imprensa é bem diferente. Jornalisticamente eu entendo. Dilma é a pauta da vez, rende matéria, o Brasil está de olho desde agora na candidata de Lula (posicionamento adotado não só pela imprensa, mas pelo próprio governo). Mas e o vice? É...a doença do atual vice presidente não rende tanto assim.

A segunda como filha de pai e mãe com câncer....

Difícil falar. Primeiro desejo força e sorte para Dilma (sei que vai sair dessa, olha tudo o que está mulher já passou? é forte!), José de Alencar, Mara Manzan e todas as outras pessoas públicas que enfrentam esta doença. Por fim, desejo MUITO MAIS FORÇA e SORTE pra nós que não temos o Dr. Drauzio Varella, que não temos o Hospital Sírio Libanês, que não rendemos matéria.

Um comentário:

Soninha disse...

Se a eleição fosse hoje, Dilma teria meu voto. O meu e o de muita, muita gente, mesmo. E aí está o problema: não basta o operário ter sido eleito, reeleito? Ainda quer eleger sucessora?

Bah! Uma mulher? A primeira mulher presidente do Brasil? Sucessora do primeiro operário?

É demais, né?

Por isso, o que se firma na agenda midiática não tem necessariamente relação com vida. A mídia está "cagando" para a saúde da Dilma ou de qualquer um. O que importa é quem e o que ela representa.